13.2 C
Vila Viçosa
Sexta-feira, Março 29, 2024

Ouvir Rádio

Data:

Partilhar

Recomendamos

Para a história “estamos todas e vamos ficar todas”, afirma atleta alentejana, autora do primeiro golo da Seleção Nacional numa fase final (c/som)

Carolina Mendes, atleta estremocense que fez história com a camisola da Seleção Nacional a 23 de julho, ao marcar o primeiro golo da equipa das quinas numa fase final de uma competição sénior, esteve recentemente à conversa com a Rádio Campanário onde falou do seu percurso no desporto rei.

A atleta alentejana que joga a modalidade profissionalmente na Islândia, onde atua na equipa Grindavik, esteve recentemente ao serviço da Seleção Nacional a disputar o Europeu de futebol feminino, onde marcou 2 golos.

Em declarações à RC, a atleta alentejana, Carolina Mendes refere ter começado a praticar desporto através do Hóquei em Patins em Estremoz, modalidade que descreve como “o desporto rei” na cidade alentejana.

 “Com 16 anos comecei a jogar futebol em Ponte de Sor”, indicou a atleta, acrescentando que, devido à vida profissional dos pais, viveu “sempre no meio do desporto”.

Sobre a evolução da sua carreira futebolística, Carolina Mendes reconhece que “começou a tornar-se mais sério”, com passagens por vários clubes do distrito de Portalegre, seguiram-se equipas lisboetas, depois em Barcelona e Itália, até que assinou profissionalmente pelo Rossiyanka da Rússia. Atualmente representa o Grindavik da Islândia, tendo passado pela Suécia antes deste desafio.

Apesar de haver algumas equipas profissionais em campeonatos portugueses, Carolina Mendes refere que nota “uma diferença abismal” entre o futebol feminino em Portugal e no estrangeiro.

Sobre a prestação da equipa das quinas na competição europeia, Carolina Mendes relembra que a Seleção Nacional era a equipa menos cotada, por isso mesmo, analisa a prestação como “muito boa”.

“Fica um sabor amargo por não podermos passar aos quartos de final”, afirmou a atleta, referindo que tinham noção “da exigência dos jogos” que vieram a disputar, acrescentando que saem da competição “de cabeça levantada”.

Nas suas palavras, “debatemo-nos muito bem com equipas de top mundial”, apesar disso, afirma que regressam a Portugal “com um sabor amargo”, mas com o sentimento de “dever cumprido”.

Acerca do golo que ficará para a história, Carolina Mendes diz à RC que “nunca me passou pela cabeça ter o golo histórico”, indicando que quando entra em campo o primeiro pensamento “é a vitória”, e para a história “estamos todas e vamos ficar todas”, afirma a atleta alentejana.

No final das suas declarações, Carolina Mendes diz ainda que a modalidade em Portugal “tem muito a evoluir para estar no patamar das melhores”, acrescentando que a evolução “não é de um dia para o outro”, afirma que “estamos no caminho certo”.

Sobre a sua continuidade na Islândia, diz que “até setembro tenho contrato”, e quanto ao aos próximos desafios, “não sabe o que o futuro reserva”.

 

Populares