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Casos de exploração laboral no Alentejo têm números “irreais”, diz diligente sindical (c/som)

O Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização (SCIF) alegou, esta sexta-feira (20 de abril), através do dirigente Acácio Pereira que os dados relativos às fiscalizações realizadas pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) no Alentejo são “números irreais”.

Segundo o dirigente sindicalista que falava à RC, os casos de exploração laboral no Alentejo estão “fora de controlo”, indicando que “houve um aumento de estrangeiros a trabalhar [nas herdades alentejanas] e os números do que é investigado mantêm-se os mesmos”, daí afirma que “os números são irreais”.

Questionado se os dados do SEF (1 caso em Beja e 1 caso em Portalegre no ano de 2017) são motivo para alarme, o sindicalista diz que os números “são os dados oficiais e são os que existem” e garante que “os dados reais vão muito além dos oficiais”.

Segundo Acácio Pereira, “é necessário reforçar a presença para dar resposta às necessidades”, alertando que esta força policial “tem uma presença diminuta na área do Alentejo”.

Questionado sobre onde foi recolhida a informação do sindicato, o dirigente alega que surge da “perceção das pessoas e associações de proximidade com os imigrantes”, garantindo que vem de “todos os agentes da sociedade, associados e não associados”.

Contactados pela Rádio Campanário, o SEF esclarece que “no primeiro trimestre deste ano realizou 984 ações de fiscalização, de forma autónoma ou conjuntamente com outras entidades”, nomeadamente em “estaleiros de construção civil, locais de atividade agrícola, estabelecimentos de restauração, estabelecimentos de diversão noturna e via pública”.

A força policial informa ainda que em 2017 “foram realizadas 5.852 ações de inspeção e fiscalização”, mencionando ainda que em 2018 foram “já registados 11 inquéritos, que se encontram atualmente em investigação”, no âmbito do crime de tráfico de seres humanos.

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